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Projeto Harpia ganha destaque na edição de 50 anos do Jornal Hoje

Durante os últimos três anos, a Reserva Natural Vale abrigou uma das principais “estrelas” do Projeto Harpia no Espírito Santo. A jovem águia ‘Aruana’ ganhou o carinho do público, dos biólogos do projeto e de pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que acompanharam o nascimento, desenvolvimento e primeiros voos do filhote até a edição de 50 anos do Jornal Hoje. Assista a reportagem completa clicando aqui.



O nome “Aruana” (sentinela, na língua tupi) foi escolhido em uma votação na internet. A campanha foi lançada nas redes sociais e permitiu que o público votasse no melhor nome para a ave entre as opções sugeridas por alunos da escola “EEEF Regina Bolssanello Fornazier”, situada nos arredores da Reserva Biológica de Sooretama.


O filhote de harpia "Aruana"


As harpias são as maiores águias das Américas. Podem pesar cerca de 7 quilos e atingir mais de 2 metros de envergadura. Alimentam-se de mamíferos, como macacos e bichos-preguiça e, por isso, precisam de grandes áreas preservadas para sobreviver. O desmatamento impacta diretamente o desenvolvimento da espécie, comprometendo a busca por alimento e a disponibilidade de árvores altas, onde acasalam e constroem seus ninhos.


Ninho de gavião-real. Foto: Leonardo Merçon


Atualmente, a Reserva Biológica de Sooretama e a Reserva Natural Vale são uns dos últimos refúgios das harpias no bioma de Mata Atlântica. O Projeto Harpia faz o monitoramento da população de harpias na região desde 2009, e conta com o apoio de diversas organizações ambientais. O Instituto Últimos Refúgios é parceiro de longa data, colaborando no trabalho de divulgação e no monitoramento das aves na natureza.



HISTÓRIA

Há mais de 20 anos, a descoberta de um ninho de gavião-real nas florestas da região norte do Brasil, próximo a Manaus, dava origem ao que viria a se tornar o “Projeto Harpia”. A oportunidade de proteger a espécie - ameaçada de extinção desde 2014 - inspirou um pequeno grupo de biólogos a desenvolver estratégias de identificação, mapeamento e monitoramento de ninhos com ajuda de voluntários engajados na luta pela conservação da ave na Amazônia brasileira.


O projeto cresceu e passou a atuar em diversas localidades do Brasil, como o Cerrado mato-grossense e a Mata Atlântica capixaba. O "Programa de Conservação do Gavião-real" (PCGR) foi rebatizado como “Projeto Harpia”, se consolidando como a iniciativa do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) que atua no mapeamento e monitoramento da espécie gavião-real em regiões da Amazônia, do Cerrado e da Mata Atlântica capixaba.



As ações apoiam o desenvolvimento de pesquisas científicas, a reabilitação de aves feridas, a sensibilização ambiental e o incentivo ao turismo sustentável com ajuda de pesquisadores, biólogos, voluntários e estudantes. A equipe ainda conta com ajuda de comunidades locais para monitoramento de ninhos em habitat natural.


O Instituto Últimos Refúgios acredita nessa iniciativa e é parceiro do Projeto Harpia.


SAIBA MAIS NO SITE DO PROJETO: https://www.projetoharpia.org/


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