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Fotografias do Instituto Últimos Refúgios na 1ª Feira de Meio Ambiente e Ecoturismo de Santa Teresa

No último sábado (6), o Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA) participou da 1ª Feira de Meio Ambiente e Ecoturismo, na Praça da Cultura, em Santa Teresa/ES. O evento promovido pela prefeitura do município reuniu projetos de pesquisa da instituição em stands temáticos, e contou com palestras de professores, gestores ambientais e pesquisadores, além da apresentação musical da banda KM 27.


O Projeto “Eu conheço os répteis daqui!”, coordenado pelo biólogo e pesquisador do INMA Dr. André Felipe Barreto Lima, foi uma das atrações da feira. A iniciativa estuda a diversidade e distribuição de répteis no Espírito Santo com ajuda de cidadãos comuns, que podem colaborar com dados e imagens autorais de répteis encontrados pela Mata Atlântica capixaba ou em áreas urbanizadas.


Stand do Projeto “Eu conheço os répteis daqui!”, do Dr. André Felipe Barreto Lima.


O objetivo do projeto é desvendar quais espécies de répteis da Mata Atlântica ocorrem no estado, com ajuda de colaboradores e da comunidade de biólogos, pesquisadores e ambientalistas. As informações podem auxiliar no monitoramento e conservação de espécies ameaçadas, sobretudo pela degradação do ambiente em que vivem. O método pode ser testado na prática, já que para surpresa do próprios organizadores, uma espécie rara de lagarto conhecida como “calango liso” (Diploglossus fasciatus) foi registrada por visitantes nas proximidades do evento.



A contribuição é realizada por meio da plataforma “iNaturalist”, que permite registrar observações, compartilhá-las com outros naturalistas e trocar ideias sobre descobertas científicas. Desta forma, é possível ajudar pesquisadores de todo o Brasil - e do mundo - e ainda ter a oportunidade de aprimorar os próprios conhecimentos e construir relações com os membros da comunidade.



Além do trabalho de divulgação científica e incentivo à ciência cidadã, o stand do Projeto “Eu conheço os répteis daqui!” realizou uma exposição fotográfica com espécies de répteis da Mata Atlântica. A mostra contou com a parceria do Instituto Últimos Refúgios, por meio das imagens do fotógrafo de natureza Leonardo Merçon. Jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris), o jabuti-tinga (Chelonoidis denticulatus) e a serpente jararaca-da-mata (Bothrops jararaca) foram algumas das espécies que estrelaram os posters espalhados pela feira, atraindo a atenção do público, especialmente das crianças.



O evento também recebeu os projetos “A água desse rio é boa?”, de Juliana França; “Bromélias”, de Cássio Zocca; “Os beija-flores e as plantas”, de Flávia Chaves e Liana Capucho; “Flora Ativa: a ciência do INMA na escola”, de Liana Capucho; “Eu vi um macaco no mato!”, de Andresa Guimarães; “A natureza na música”, de Amélia Tuler e a presença da equipe da SAMBIO (Associação de Amigos do Museu de Biologia Mello Leitão).


O Projeto “Eu vi um macaco no mato!”, da médica veterinária e pesquisadora Andresa Guimarães, também utilizou fotografias do Instituto Últimos Refúgios em suas atividades. As imagens ajudaram a ilustrar espécies de primatas que ocorrem no estado. Entre 2016 a 2018, após a epidemia de febre amarela que matou mais de 8 mil primatas no Brasil e causou a morte de centenas de pessoas, o projeto passou a fazer o monitoramento das populações de primatas do Espírito Santo.


Segundo a idealizadora do projeto, a espécie se tornou bastante vulnerável nesta época:

“As populações de primatas reduziram muito neste período e, aqui no estado, temos algumas espécies ameaçadas de extinção, como o muriqui-do-norte, o sagui-da-serra e o bugio. Nosso trabalho acompanha se houve recuperação dessas populações e qual a distribuição das espécies no estado. Contamos com a ajuda dos cientistas cidadãos que, ao avistarem um macaco, podem marcar nosso perfil, mandar áudio, vídeo ou fotografia via redes sociais. Atualmente, já temos registros de 18 municípios e de diversas espécies”.

O Instituto Últimos Refúgios parabeniza o INMA e a todos os projetos pelo incrível trabalho em prol do meio ambiente. Acreditamos que a sensibilização ambiental possa ajudar a democratizar a ciência e a divulgar a biodiversidade capixaba de forma acessível para todos os públicos.

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