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Estudo sobre enriquecimento ambiental para gambás-de-orelha-preta é publicado em revista científica


Gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita) fotografado em Guarapari, Espírito Santo / FOTO: Leonardo Merçon

O trabalho "Técnicas de enriquecimento ambiental para gambás-de-orelha-preta (Didelphis aurita Wied-Neuwied, 1826) em cativeiro", agora tem seus resultados divulgados pela comunidade científica. Inicialmente apresentado como um Trabalho de Conclusão de Curso, o estudo de Carlos Eduardo Noronha foi publicado na revista "Ciência Animal Brasileira / Brazilian Animal Science". Vale lembrar que já destrinchamos o estudo aqui, no site do Instituto Últimos Refúgios, no ano passado. A experiência teve como objetivo realizar um enriquecimento ambiental do tipo alimentar, com Gambás recebidos no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Espírito Santo. Noronha desenvolveu um plano de alimentação específico para esses animais, levando em consideração suas necessidades nutricionais e preferências alimentares. Além disso, o pesquisador também realizou um estudo de comportamento dos Gambás após a implementação do enriquecimento ambiental, comprovando a eficácia da metodologia.


Modelos utilizados em parte prática do estudo. FOTOS: Carlos Noronha.

O experimento, todo registrado em vídeo, foi feito com oito grupos, cada um com três animais.

“As gravações começavam sempre no final da tarde, entre 16:30h e 17h e duravam a noite inteira, com cada grupo sendo gravado duas vezes. Quatro grupos começaram a ser gravados com a presença do modelo no primeiro dia e ausência do modelo no segundo, e o processo inverso era feito com os restantes. No total, foram mais de três mil vídeos gravados”, explicou Carlos, que realizou o estudo como voluntário do Projeto Marsupiais. Você pode conferir "Técnicas de enriquecimento ambiental para gambás-de-orelha-preta (Didelphis aurita Wied-Neuwied, 1826) em cativeiro" na integra clicando no botão abaixo:


Essa pesquisa foi realizada dentro do âmbito do Projeto Marsupiais (realizado pelo Instituto Últimos Refúgios), por meio do Acordo de Cooperação Técnica entre o Instituto Últimos Refúgios e Ibama (CETAS/ES). A resolução visa a parceria com atuação mútua no recebimento e cuidados de animais recebidos pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres do Estado do Espírito Santo; no caso dessa pesquisa, o gambá-de-orelha-preta.

Projeto Marsupiais O Projeto Marsupiais vem desenvolvendo e planejando o trabalho de resgate e reabilitação dos marsupiais que necessitem de cuidados. Este trabalho acontece inicialmente nas cidades da Grande Vitória, no Espírito Santo.


Com auxílio de parcerias, pretendemos realizar o resgate e deslocamento do animal até um centro de tratamento, para que o mesmo possa ser avaliado por especialistas, indicando assim o estado de saúde do animal e os cuidados necessários.

 

Para a reabilitação, pretendemos avaliar as metodologias já utilizadas e adaptá-las, caso necessário, para que os marsupiais possam ser soltos na natureza com maiores chances de sobrevivência. Ainda nesse sentido, queremos capacitar voluntários para realizar os cuidados e a reabilitação dos animais, além de criar um banco contatos de pessoas capacitadas e regularizadas para realizar esse tipo de atividade.


Por ser uma organização sem fins lucrativos, o Instituto Últimos Refúgios depende de doações para dar continuidade aos projetos em desenvolvimento. Para o Projeto Marsupiais não é diferente. Saiba como contribuir com as atividades do projeto clicando aqui.

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