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Ana Clara Mardegan - estagiária Últimos Refúgios

Cardume de raias compõe fotografia icônica da Baía de Vitória

Imagine que você resolve sair de casa para dar um mergulho solo no mar e depois, quando chega em casa, descobre na internet que na verdade teve a companhia de dezenas de raias. Não sabemos a identidade do nadador, mas se este foi o seu caso, saiba que a descoberta só foi possível por meio de um belo registro fotográfico.


Um belíssimo cardume de raias foi flagrado na Baía de Vitória pelas lentes do fotógrafo de natureza Leonardo Merçon. A gravação realizada com drone capturou o exato momento que um homem nadava tranquilamente em alto mar rodeado pelos peixes.


Ciente dos relatos que indicavam a presença de raias na região, Leonardo, como exímio apreciador da natureza, não perdeu tempo. Precisava ver com os próprios olhos o cenário que ilustrou a icônica imagem. Embora o nadador desconhecido não tenha percebido a majestosidade do fenômeno, o clique do fotógrafo eternizou o momento.


A beleza da cena repercutiu nos veículos de comunicação. A revista National Geographic, referência internacional em ciência, tecnologia, história e meio ambiente e renomada pelo trabalho audiovisual e fotográfico, publicou a fotografia na edição de outubro de 2019.


O portal de notícias G1 também deu destaque à imagem, em uma matéria noticiando o ocorrido com comentários de Leonardo sobre a espécie e o atual panorama de preservação da fauna marinha. Você pode conferi-la clicando aqui.


Veículos de notícias também trouxeram algumas informações sobre cardumes que compõem a paisagem da Área de Proteção Ambiental da Baía das Tartarugas, em Vitória. As raias-gavião-do-mar (Rhinoptera bonasus), que ilustram a fotografia, são caracterizadas por serem inofensivas e nadarem sempre próximas à superfície, facilitando seu registro e visualização.


As raias já são consagradas como ilustres visitantes do litoral do Espírito Santo. Todos os anos, entre os meses de junho e julho, centenas de indivíduos são avistados nas praias da Grande Vitória, onde encontram alimento e condições ideais para reprodução.


Por preferirem águas quentes e rasas, as raias são vítimas recorrentes de ações antrópicas, principalmente da pesca predatória. A atividade captura filhotes e impede que fêmeas em período reprodutivo atinjam a maturidade, resultando no declínio das taxas de natalidade e no desequilíbrio populacional da espécie.


A dieta variada, principalmente de crustáceos e moluscos, faz destes peixes fortes bioindicadores da qualidade do ambiente. Desempenhando papel fundamental no equilíbrio ecológico e na biologia marinha, compõem cenários como o da fotografia aqui citada, transmitindo todo o encanto de nossas paisagens naturais.


O Instituto Últimos Refúgios trabalha ativamente no monitoramento dessa e de outras espécies, atuando no diálogo com a sociedade e na sensibilização ambiental por meio da cultura. Desse modo, a ONG sustenta a arte como uma poderosa ferramenta de mudança, capaz de transmitir à sociedade o esplendor da natureza e a importância da preservação.


Incrível, não é? Para apreciar mais imagens deste fenômeno belíssimo você pode conferir o vídeo em nosso canal do Youtube:

 

O Instituto Últimos Refúgios é uma organização sem fins lucrativos na qual os participantes são voluntários e precisa de recursos para financiar as suas atividades. Se gosta de nosso trabalho e quer que ele continue, saiba como colaborar clicando na imagem abaixo ou no link: PARTICIPE.


"Inspirando pessoas, promovemos mudanças!"


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